Palavra da Redatora - Nesse mundo tão diverso em que vivemos, a expressão 'gestão profissional' pode significar mais do que parece e poderemos observar isso a cada dia através da possibilidade de obter informações através da internet. As 'informações' nos permitem criar comparações assim: - Se Lance Armstrong tivesse nascido no Brasil, talvez hoje estivesse entregando pizza. Tudo pode se resumir a uma questão de 'gestão profissional'.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Sim, eu torço contra a candidatura do Rio
a sede dos Jogos Olímpicos de 2016

por Mauro Cezar Pereira,
blogueiro do ESPN.com.br

O Brasil tenta, mais uma vez, trazer os Jogos Olímpicos para o Rio de Janeiro. Sou contra. Antes que me rotulem como bairrista, informo a quem interessar possa que nasci e cresci em Niterói (RJ) e nada tenho contra a "Cidade Maravilhosa", onde por anos estudei e trabalhei. Pelo contrário. Apenas vejo a realização de tal evento na capital fluminense como um erro, simplesmente porque não acredito que vá levar benefícios aos cariocas.

Como não levaria aos habitantes de Belo Horizonte, Salvador, São Paulo, Teresina, Porto Alegre, Boa Vista ou qualquer outra candidata a sede localizada em território brasileiro. O Pan de 2007 mostrou isso. Simplesmente não há o tal legado, argumento frágil tão utilizado pelos defensores da candidatura do Rio. Ou seja, o legado é uma mentira. Os transportes públicos não melhoraram, tampouco a segurança, a saúde, etc.

O Engenhão foi entregue ao Botafogo, que passou a arcar com uma despesa de manutenção em torno de R$ 400 mil mensais. E o ex-prefeito achou que, por se livrar desse custo, fez um bom negócio. Como se o estádio não tivesse custado R$ 400 milhões aos cofres públicos, dinheiro dos nossos impostos. Já o velódromo ficou sem competições de ciclismo por 240 dias depois do Pan, embora tenha abrigado provas de patinação e treinamentos de judô.

Em resumo, o Brasil tem outras prioridades, falta dinheiro para o básico, os governantes não são confiáveis e a turma do COB não pode ser levada a sério. Esses são os meus argumentos, meu ponto de vista, sem ficar em cima do muro. Como jornalista, devo cobrir o evento e tudo que o cerca, antes, durante e depois, seja lá qual for a sede. Como cidadão, não vou engolir essa, acreditar nas promessas que já não me convenciam antes do Pan 2007 e agora ainda menos.

Acho que fui claro. Algum protozoário digital vai me chamar de bairrista assim mesmo. Azar dele.

PS: "protozoário digital" é especificamente o elemento que se enquadra num determinado perfil. Leia a matéria completa - clique aqui

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