Palavra da Redatora - Nesse mundo tão diverso em que vivemos, a expressão 'gestão profissional' pode significar mais do que parece e poderemos observar isso a cada dia através da possibilidade de obter informações através da internet. As 'informações' nos permitem criar comparações assim: - Se Lance Armstrong tivesse nascido no Brasil, talvez hoje estivesse entregando pizza. Tudo pode se resumir a uma questão de 'gestão profissional'.

sexta-feira, 13 de março de 2009

- A "conta" BILHONÁRIA da candidatura Rio 2016

São Paulo/SP - 14/03/09 - sábado
Conheça os números absurdos da Campanha Rio 2016
( FONTE - Folha de São Paulo )

Antes de saber se será escolhida sede da Olimpíada, a candidatura Rio-2016 já viu um crescimento dos gastos previstos em seu orçamento em relação às instalações esportivas. O inchaço verifica-se na comparação entre os dossiês inicial, de janeiro de 2008, e o final, de fevereiro deste ano.
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No início do ano passado, o comitê postulante estimou em US$ 508 milhões ( DÓLARES ) o gasto com sedes de competições. Essa conta excluía reformas temporárias em sedes já existentes e nas que seriam construídas.
No mês passado, a conta definitiva do comitê nos mesmos itens chegou a US$ 555,1 milhões de dólares , também com a exclusão dos trabalhos temporários, segundo levantamento da Folha.
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Houve um aumento de 9,3% nos gastos previstos em dólar. Para os valores em reais, o crescimento foi de 32,6%, consideradas as cotações em dólar da data de entrega de cada documento e a atualização pela inflação no período. Afinal, em 2008, a estimativa chegava a R$ 948,8 milhões. Agora, já totaliza R$ 1,258 bilhão de reais.
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Mais grave: o Parque Aquático Maria Lenk deixou de servir para competições de natação, depois de um ano, pois não haveria como fazer uma reforma para que ele atingisse a capacidade olímpica mínima exigida pelo COI, 18 mil pessoas.
O custo do novo Estádio Olímpico Aquático será de US$ 37,9 milhões (R$ 86 milhões). Mesmo assim, o Maria Lenk ainda terá de ser reformado para receber o polo aquático.
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O valor a ser gasto com as obras do Velódromo do RIO (*) quase quadruplicou. Foi de US$ 9,5 milhões para US$ 35,1 milhões de dólares.
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Após o Panamericano no Rio, o Velódromo sediou apenas UMA prova, o Campeonato Brasileiro de pista, no final de 2008, permanecendo "parado".
Segundo o comitê Rio-2016, houve "uma remodelação da cobertura, criação de área adicional para atletas e para diferenciação de públicos (atletas, mídia e espectadores), salas adicionais para a área esportiva e instalação de ar-condicionado". As alterações foram feitas após reunião com a Federação Internacional de Ciclismo.
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Mais surpreendente é o orçamento para o Parque Olímpico de Mountain Bike, que era uma instalação permanente. No dossiê final, virou temporário.
Mesmo assim, o preço aumentou: passou de US$ 6,9 milhões para US$ 8,4 milhões. O Rio-2016 explicou que a primeira estimativa era só para a construção da sede esportiva, sem os ajustes finais, enquanto a segunda conta inclui tudo.
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O paradoxo não para por aí. O gasto aumentou em um ano, mas também cresceu o número de instalações temporárias. Eram quatro no primeiro dossiê e são sete no final. Além do mountain bike, o levantamento de peso, o pentatlo moderno e o hóquei na grama passaram a ter sedes não permanentes.
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Mas, na soma final, o gasto com sedes temporárias acabou sendo o que mais cresceu: quase dobrou. Também houve aumento no total das reformas de instalações já existentes, em mais de 20%. Só houve redução em dólar, de 6%, no gasto com novas construções.
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Voce que é atleta e vive a REALIDADE do esporte no Brasil, o que acha desses números ?

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